Ícone do site Febtur

Memória de Ayrton Senna eternizada em obra de arte

A obra nas dependências da Fundiart, em Piracicaba, antes de ser transportada para Interlagos

 Da Redação (com informações de assessoria)

 Uma enorme escultura do piloto brasileiro Ayrton Senna (1960-1994) foi apresentada no último dia 9 de novembro, no Autódromo José Carlos Pace (Interlagos), na Zona Sul de São Paulo. A obra, desenvolvida pela sobrinha do piloto, a artista Lalalli Senna (Paula Senna Lalli Barbisan), a pedido da mãe de Ayrton, Neyde, marca os 50 anos da Fórmula 1 no Brasil e presta homenagem a este que se tornou um dos grandes nomes do automobilismo mundial.

 A cerimônia de inauguração contou com a presença da escultora e de Viviane Senna, presidente do instituto que leva o nome dele, além de autoridades da capital paulista e do prefeito Ricardo Nunes e sua esposa, Regina Carnovale Nunes.

 Embora a estátua – nomeada como “Nosso Senna” e pesando 550 kg – fique dentro do autódromo, o prefeito afirmou que a ideia é transformar a obra em local de turismo e visitação para os paulistanos. Nunes afirmou que irá derrubar o muro da Avenida Interlagos, favorecendo a visão do autódromo e da estátua.

 Em fevereiro de 2023, a obra será aberta ao grande público. A partir dessa data, as pessoas poderão visitar a peça monumental, de acordo com o funcionamento do autódromo. Através de QR-Codes instalados junto ao busto e no seu entorno, será possível acessar vídeos com mais informações sobre o piloto e poderá ouvir playlists de suas músicas prediletas.

 O projeto é uma realização do Ministério do Turismo, através da Secretaria Especial da Cultura via Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei nº 8.313/91), contando com o patrocínio máster de Visa, apoio do Grupo GPS, Cantu Store, Benedito Abbud Arquitetura e colaboração do Banco Safra e LK2 Construtora.

 O melhor

 Domingo, 1º de maio de 1994. Seria mais um Grande Prêmio de San Marino, no icônico Autódromo Enzo e Dino Ferrari, em Ímola, na Itália. Porém, a prova que terminaria em estouro de champagne foi interrompida pela colisão do carro do piloto brasileiro Ayrton Senna com uma barreira de concreto. Por horas, o mundo esperou por boas notícias que não vieram. Senna, 34 anos, um dos grandes nomes do automobilismo mundial, não sobreviveu.

 Ainda hoje, o piloto é reverenciado por seus feitos dentro e fora das pistas. Em 2009, a revista inglesa Autosport consultou 217 pilotos que passaram pela categoria para escolherem o melhor piloto da Fórmula 1 de todos os tempos, e Ayrton Senna foi o vencedor.

 Também a rede de comunicação estatal britânica, a BBC, elegeu o brasileiro como o melhor piloto de F1 da história.

 Dois meses antes do acidente em Ímola, o piloto compartilhou com Viviane a vontade de fazer algo pelo futuro dos brasileiros. Juntos, concretizariam a ideia do Instituto, mas Ayrton não teve tempo de participar de sua construção. A entidade nasceu ainda em 1994, como organização sem fins lucrativos com o objetivo de dar a crianças e jovens brasileiros oportunidades de desenvolver seus potenciais por meio da educação de qualidade.

 Ayrton também tinha uma relação especial com Interlagos. A reforma do autódromo em 1990 teve uma mudança radical no traçado, proposta para seguir as regras de limites de distância de um circuito da FIA, e uma grande curva inclinada foi sugerida para ligar a reta dos boxes à curva do Sol. Ayrton propôs um “S” que ligasse as duas retas, daí o nome de “S do Senna”, pelo design do tricampeão.

O busto de Senna pesa 550 kg e tem 3,5m
Sair da versão mobile