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ABAV Expo, uma grande força a serviço do turismo nacional

Por Gorgônio Loureiro

Acompanho a trajetória da Feira da Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV) desde seu início, lá na década de 1970, quando foi realizada no Anhembi em São Paulo. Já nasceu grande e movimentando a atividade do turismo com muita força.

Não exagero dizer que o desenvolvimento do turismo no Brasil, deve muito à existência da Feira da ABAV, já que os estados que dela participaram e a receberam, quando se tornou itinerante, percorrendo diversos estados de norte a sul se esforçavam ao máximo para apresentarem ao público visitante da feira (agentes de viagens do Brasil e exterior, hoteleiros, cias aéreas e imprensa), o que possuía de melhor como atratividades do destino que sediava o evento.

A cidade anfitriã da Feira da ABAV se transformava em festa ao receber seus ilustres visitantes. Ao terminar o evento, era nítido o legado deixado através do intercâmbio de conhecimentos gerados por todos os que ali estiveram e levaram seus conhecimentos e inovações.

O evento cresceu muito, exigindo a cada ano mais espaço físico para instalação da feira e hotéis para receber os participantes. Com isso, começaram as reclamações dos expositores internacionais, que precisavam de conhecimento prévio do local onde seria realizada para seus planejamentos operacionais e financeiros. Foi aí que a força política prevaleceu, sendo escolhido o Rio de Janeiro como cidade fixa por 10 anos, até que os problemas de locomoção dentro da cidade começaram a incomodar, fazendo com que o evento retornasse para São Paulo.

Com a fixação do evento no eixo Rio/São Paulo, principalmente pelo seu gigantismo em número de estandes, participantes e questões econômicas, os demais estados perderam a oportunidade de se mostrarem por inteiro aos olhos do turismo mundial, o que voltou acontecer com a retomada da sua itinerância pelo segundo ano consecutivo.

Neste período em que Rio/São Paulo foram as sedes da feira da ABAV, os estados, não mais recebendo a grandiosa vitrine começaram a realizar suas feiras regionais. Ou seja, a Feira mãe da ABAV “pariu” diversos filhotes em todas as regiões do Brasil. Muitos destes eventos organizados pelas regionais da ABAV.

Hoje, com a tecnologia dominando a comunicação que é feita para turismo, a feira da ABAV teve que se reinventar, principalmente durante o auge da pandemia de Covid-19, em 2020, quando foi obrigada a ser totalmente virtual. Ou seja, agora é um evento que pode ser realizado presencialmente e virtualmente pois, além de exposição dos destinos, a parte negocial e acadêmica passou existir como uma necessidade dessa evolução temporal.

Na minha visão, a hoje denominada ABAV Expo é benéfica para o turismo e a sua itinerância faz bem aos destinos anfitriões, tendo em vista os conhecimentos e experiências que ela deixa como legado.

 *Gorgônio Loureiro é jornalista, publicitário e presidente da Federação Brasileira de Jornalistas e Comunicadores de Turismo – Febtur.

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