APJ elege novos nomes e abre espaço para profissional de fotografia

 Christina Hayne (Presidente da Febtur PA)

 Academia Paraense de Jornalistas (APJ) elegeu recentemente novos nomes para ocupar cadeiras disponíveis na entidade que reúne profissionais que narraram fatos significativos ao longo de suas histórias. A novidade em 2022, foi a abertura para a chegada de jornalistas repórteres fotográficos. Para ocupar as cadeiras honrosas de números 11, 18 e 24 entre os imortais, estão confirmados os nomes dos fotógrafos João Ramid Braryme Borges e Celso Sampaio Siqueira Lobo e a jornalista Tânia Regina do Nascimento Monteiro.

 O anúncio foi feito pela jornalista Franssinete Florenzano, presidente da Associação Paraense de Jornalismo (APJ). Segundo ela, os critérios estatutários estão em andamento e o próximo passo será a definição da data da cerimônia de posse. 

 Para assumir uma vaga entre os imortais do jornalismo paraense, os candidatos precisam ter o requerimento de inscrição endossado por dois membros da Academia e apresentar os documentos previstos no edital, que são recebidos pela presidente da APJ e submetidos à Comissão Eleitoral que verifica o cumprimento das disposições estatutárias para enfim cumprir a etapa da realização das eleições.

 Após os nomes terem sido indicados com base nos critérios estatutários, foram considerados aptos a concorrerem às vagas conforme ata lavrada pela Comissão Eleitoral da Acadêmia Paraense de Jornalismo, composta pela jornalista Roberta Vila Nova e demais membros integrantes, no último dia 30 de novembro de 2022.

 Para Franssinete Florenzano, jornalista presidente da APJ, a expectativa é que os novos acadêmicos contribuam no sentido de dinamizar a entidade, trazendo novas ideias e participação continuada a programação cultural da Academia.

 Pela primeira vez na Academia Paraense de Jornalismo foram eleitos dois repórteres fotográficos que têm carreira consolidada inclusive internacionalmente com exposições e livros publicados. Isso revela a abertura da APJ  para as novas mídias e para a fotografia em especial, que vem ocupando o destaque que merece no plano acadêmico.

 O renomado fotógrafo paraense João Ramid Braryme Borges está eleito e pronto a assumir uma das três vagas disponíveis da Associação Paraense de Jornalismo (APJ). João Ramid, como é conhecido, chega com grande legado que confirma a imagem como elemento essencial para história do jornalismo.

 João Ramid, que é uma das referências do jornalismo fotográfico no Pará e está ocupando no momento a vice presidência da Federação Brasileira de Jornalistas e Comunicadores do Pará (Febtur-Pará) e a diretoria da Febtur Nacional sente-se muito orgulhoso com o reconhecimento da própria categoria.

 “Como jornalista me sinto prestigiado. Estou feliz  com a indicação do meu nome. Sinto que tudo que fiz pela Amazônia, pelo Pará está sendo reconhecido pela categoria profissional que escolhi para minha vida e esse reconhecimento confirma que tudo valeu a pena, principalmente sendo credenciado por uma parcela tão significante e sábia do segmento. Estou muito honrado”, ressaltou Ramid.

 Ao ser perguntado sobre sua trajetória como fotógrafo e como jornalista ressaltou que os convites recebidos para ocupar cadeiras imortalizadas de entidades faz com que o sentimento do dever cumprido prevaleça. João Ramid, em 2017 recebeu o convite para assumir a cadeira da Academia Salinopolitana de Letras e, na ocasião ficou conhecido como o “Poeta da Imagem”. Agora, teve confirmado a aprovação de seu nome para assumir a cadeira  nº 24, da Academia Paraense de Jornalismo (APJ)em substituição ao saudoso imortal Antônio José.

 “É muita responsabilidade!”, disse João Ramid. “Uma pessoa especial, um profissional possuidor de uma cultura ímpar e de grande sabedoria. Ocupar a cadeira de mesmo número enche meus olhos e abre eternamente meu sorriso”, declarou o jornalista.

 João Ramid, um eterno apaixonado pelo que faz, sempre trabalhou e viveu da fotografia, trazendo ao longo de sua história, trabalhos nos segmentos de fotojornalismo, publicidade, arquitetura, arte e turismo, sempre buscando expressar sua forma de ver o mundo através da escrita da luz em todos os sentidos.

 Experiência acumulada por décadas lhe trouxe um olhar artístico valoroso e permitiu o acúmulo de vasta carteira de clientes, que reúne agências de propaganda do Brasil e revistas nacionais e internacionais como a Veja, Exame, Caras, Der Spiegel, Times, Newsweek, Landscape entre tantas outras no âmbito regional. Nelas, muitas imagens de sua autoria em reportagens especiais sobre a Amazônia estamparam as capas e páginas internas.

 Por meio do fotojornalismo teve trabalhos publicados em revistas e impressos espalhados pelo Brasil e pelo mundo, assim como cravou sua assinatura em publicações literárias.

 No Brasil, trabalhou como contratado no Jornal O Globo (Sucursal Brasília), na revista Veja – por12 anos – tendo participado da fundação da sucursal da Amazônia Nacional e Internacional em 1982. Muitas foram as coberturas jornalísticas, com destaque àquelas sobre a Amazônia, assuntos de teor político e sobre comunidades indígenas. Em 1991, se estabeleceu no Jornal do Brasil, também em Brasília. No mesmo ano, resolveu retornar para Belém, no Pará, para trilhar novos projetos, a acrescentar o fato de ter sido um dos idealizadores da revista Ver o Pará, com lançamento no Rio de Janeiro durante a Eco 92.

 Ainda na ápoca, idealizou e fundou com Luiza Bastos, a Agência Amazônia de Comunicação, empresa voltada a cobrir a região Amazônica Brasileira, com texto e fotos publicitárias, jornalísticas, científicas, artísticas e industriais.

 Como artista João Ramid participou de exposições coletivas e individuais nas cidades São Paulo, Brasília, Belém, Paris, Bressuire (França), Lisboa (Portugal), Nova York (EUA) e Londres (Reino Unido). Seu envolvimento com a arte inclui ter sido um incentivador de clubes e entidades ligadas à arte fotográfica, além de ter sido um dos fundadores do Museu do Índio no Pará, em Belém. Em 2019, assinou a Exposição Além Mar, do projeto Transatlântico – uma parceria entre fotógrafos e jornalistas do Pará e de Lisboa (Portugal), com o objetivo de divulgar o potencial turístico do Pará, na Europa tendo como porta de entrada Portugal.

 Sendo um conhecedor da Amazônia, nos últimos 16 anos vem trabalhando com e pelo turismo e nesse período esteve à frente de trabalhos fotográficos, projetos e divulgação de destinos, eventos e histórias do Pará, da Amazônia e do Brasil.

 Seu olhar artístico se aprimorou e trouxe trabalhos significativos para seu portfólio. É com este mesmo olhar que seguirá em sua caminhada profissional sempre apresentando propostas fotográficas sensíveis e agradáveis.

 João Ramid foi um dos fundadores da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo (Abrajet Pará), há 15 anos e, mais recentemente, a fim de seguir de novamente por caminhos com novos projetos, se consumou como um dos idealizadores e também fundador da Federação Brasileira de Jornalistas e Comunicadores de Turismo no Pará /Febtur-PA, entidade que está como vice presidente no estado e integrante da diretoria na Febtur Nacional desde 2021.

  Sobre a Academia Paraense de Jornalistas – APJ:

 A APJ, que pela primeira vez tem uma mulher na presidência eleita à unanimidade com mandato prorrogado em razão da Pandemia e reeleita também à unanimidade (Roberta Vilanova cumpriu um ano de mandato-tampão em razão da renúncia da titular) está empenhada em fazer das suas sessões eventos públicos e de importância cultural, com resgate da memória de jornalistas que sempre foram também personalidades que influenciaram a política e a própria história do Pará; evidenciar os jornalistas como protagonistas que foram e são.

 A Academia prevê sessões memoriais sobre jornalistas que fizeram história no Pará, desde o pioneiro Felipe Patroni, seguido pelo cônego Batista Campos, Paulo Maranhão, Antônio Lemos, Dalcídio Jurandir, Ildefonso Guimarães, Domingos Antônio Raiol, Georgernor Franco e nos últimos cem anos Rômulo Maiorana e Laércio Barbalho.

 Pela primeira vez na história da Academia Paraense de Jornalismo foram eleitos fotógrafos com carreiras consolidadas inclusive internacionalmente, com exposições e publicações literárias. É um momento ímpar, que revela o momento de abertura às novas mídias e fotografia.

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